segunda-feira, agosto 11, 2008

Escrevi este poema há uns dois anos atrás em homenagem a todos àqueles que, de um modo geral, são vítimas das incongruências de um sistema que tem como bojo, o descaso pelos menos favorecidos:

ABORTO SOCIAL




Ninguém, Zé Ninguém, Sem vintém.
Inebriados passos lentos!
Desalento de viver ao relento.
Triste rebento!
Aborto social
Vagabundo sem rumo
De um mundo caduco sem prumo.
Em tortas rotas trafegam suas mazelas
Construídas sobre quimeras
Meras esperas...
Alucinado, desvairado, melhor, anestesiado
Esqueceu-se da própria dor
O não- lugar é o seu lugar
É o estar aqui, sem estar.
É o viver sem se importar
Sem se dar...

6 comentários:

CORUJA PAIDÉIA disse...

Para mim, essa é uma das mais importantes funções da arte, levar o homem a refletir o seu mundo. Bela poesia!

Anônimo disse...

Marcênia, os blogs abriram as portas para muitas expressões. Saíram dos blocos amassados e amarelados e foram para frente dos olhos de nós leitores. É a nova grande revolução da literatura. Valeu.

Anônimo disse...

Se não fossem os blás martelando em nossas cabeças seria difícil escrever alguma coisa, ou não...
Genial...

Anônimo disse...

E aí , tudo blz? Muito legal cê ter se lembrado desta produção poética . De fato, vc têm ótimas sacadas.

Anônimo disse...

A criação poética é para poucos, vc é um deles.
Um abraço.

Anônimo disse...

A poesia é uma celebração à vida. Celebremos.

Eu ajudo a mudar!

Uma música, um instante, um convite...

Trilha Sonora da Semana Led Zeppilin