O etnocentrismo sempre tão presente nas sociedades, de modo geral, é uma visão do mundo, onde o nosso grupo é tomado como centro de tudo. A partir desta perspectiva etnocêntrica, todas as outras culturas são pensadas e sentidas, através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições. Certamente, esta visão é reduzida pelo próprio preconceito ,onde deflagra um mundo, cada vez mais, encoberto por injustiças e discriminações étnicas e sociais.
Sempre tive o hábito de assistir ao Programa do Jô. Mas, confesso que, ultimamente ,o programa tem se mostrado débil, no sentido , de fomentar através de um canal de televisão que, por sua vez, atinge milhares de pessoas, o preconceito tanto na questão de gênero como na questão racial.
Bem, entre as porcarias já apresentadas no programa, recentemente, há uma que supera , onde chega a beirar o ridículo. Nele, um tal de Rui Moraes e Castro, fala sobre a vida sexual das mulheres de Angola .
O sarcástico apresentador para arrancar risadas da platéia , constrói piadinhas grotescas e imbecis sobre as mulheres angolanas e suas tradições culturais.Ridicularizando-as.
O público, na maioria constituído por "universitários", compõe, juntamente, com o entrevistador e o entrevistado o cenário bestial da arrogância e da indiferença humana . Eles riem, ou melhor, grunhem dessas tradições.
Palavras grosseiras proferidas pelo entrevistado como , por exemplo, " larga" ao se referir a uma mulher angolana, demonstram o teor da entrevista .
Aqui está um pequeno trecho do comunicado da Embaixada de Angola:
"Com a manifesta conivência do entrevistador, aparentemente apostando em estimular índices de audiência, recorrendo ao primarismo do culto ao bizarro, o entrevistado deturpou e manipulou tradições culturais e costumes locais, dando-lhes colorido anormal (...)
Neste caso, milhares de brasileiros, que porventura tenham assistido ao programa, foram atingidos pela ignorância de um entrevistado que, em linguagem exibicionista, permeada de preconceitos raciais e culturais, interpretou, de acordo com os seus próprios padrões, hábitos e costumes locais. "
Agora, assistam ao vídeo:
Nota: Não esqueçam de deixar o precioso comentário de vocês, pois faço questão de lê-los.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Uma música, um instante, um convite...
Sites que costumo visitar:
- Ação educativa
- Chico Buarque de Holanda
- Confederação Brasileira de Fotografia
- Estante Virtual
- Google News
- Green Peace
- IBGE
- Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas
- Jornal Cazumbá
- Jornal Folha de São Paulo
- Machado de Assis
- Meio Ambiente
- Mulheres Negras de Umbigo para o Mundo
- Paulo Henrique Amorim
- Política de Ações Afirmativas
- Presidência da República
- Rede de Escritoras Brasileiras
- Revista do Terceiro Setor
- Revista Idiossincrasia
- Sétima Arte
- Síntese dos Indicadors Sociais Brasileiros
- TV Cultura
- Van Gogh
- Violência contra as Mulheres
- You Tube
9 comentários:
Confesso prima que não me dei o desprazer de ver tal entrevista...Realmente o Jô se acha muito "engraçado" e acima de qualquer "erro"...É uma tristeza ver que nossos programas de tv só se preocupam com audiência, deixando de lado A ÉTICA E O RESPEITO pelo próximo...Parabéns pelo texto.Bjsssss
É interessante sermos criteriosos ao ecolher um programa para assistir. A televisão se fosse melhor utilizada seria um ótimo canal de informação e educação.
Parabéns pelo blog!
Que horror!
Já havia parado de assistir a este programa .
Um abraço!
A mulher sempre foi discriminada, se ela é negra, pior ainda!
Que cara babaca, esse tal de Raul....
Saca só... a discriminação é reflexo da ignorância ... Infelizmente, ainda existem pesoas com esse tipo de mentalidade.
Um abraço!
Que coisa! O nosso país reúne diversas etnias, porém é de assustar o preconceito e a falta de tolerância em relação ao outro. Ninguém é melhor que ninguém!
Parabéns pelo texto.
Que legal encontrar este blog!
Irei visitá-lo mais vezes!
Depois dessa, irei pensar duas vezes em assistir a este programa.
Quem? Eu ,dormir com o Jô??? Minha cama é pequena e frágil... Nem pensar (risos)
Postar um comentário