sexta-feira, setembro 26, 2008

Nem Toda Brasileira é Bunda!

Débora Secco à cada dia me surpreende mais, chego a ter pena dessa garota por causa das besteiras proferidas por ela. Ai,ai...As vezes, até dou um desconto, por achá-la tão desmiolada. Mas, gente desta vez ela se superou.
A atriz, em entrevista com Maria Luttbach da EGo (veja agui) em São Paulo, inicia a sua fala da seguinte forma: Sou antifeminista.Vou ficar no pé dela (Juliana Paes) para ser fiel" e ela não para por aí: " Acho que mulher tem que saber o que tem para o almoço e, mesmo cansada, ir jantar com o cara. Em troca, eles levam o carro para consertar Eu quase caio da cadeira! ”.
Que doideira, será que ser feminista é ser infiel? Quanta ignorância, meu Deus! E esse negócio de papéis definidos para homens e mulheres está ultrapassado. Acredito ser mais interessante, mais rico em um relacionamento quando há troca de experiências. É mais salutar a possibilidade de que o homem, também, possa cozinhar, saber o que tem para o almoço ( não apenas a mulher), tomar conta dos filhos, cuidar da casa ou mesmo a mulher dirigir caminhão, trocar pneu, consertar carros e outros. É uma pena que ela pense desta maneira tão limitada.

Na sociedade atual não cabe apenas um tipo de padrão para homens e mulheres. Mas, é claro, que cada casal vai encontrar a sua fórmula para funcionar bem. Acho tão mais saudável quando não nos impomos certos comportamentos como, por exemplo, a mulher ter que saber o " que tem para o almoço" ou “eles levam o carro para consertar”. Nossa, quanta limitação!!

Ai, ai, ai… como eu acho cansativo esse povo que se diz “anti-feminista” ou que “não é feminista, é feminina”, essas não sabem nem o que é uma coisa, nem outra. Chega a ser engraçado, isso para não usar outra palavra!

Queria escrever mais, mas não tenho tempo nenhum, enfim, ainda bem que, como bem disse Rita Lee, “nem toda brasileira é bunda”

15 comentários:

Anônimo disse...

Coitada da Seco tão bonitinha , mas tão burrinha ...Também SECOu o cérebro! kkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

É triste perceber que existem mulheres com vocação para Amélia.

Bjo.

S. B. disse...

Como bem salientado pela autora, é triste o encarar do sexo oposto como mero intrumento de cunho puramente sexual, ignorando evidentes particularidades. Entretanto, venhamos e convenhamos, não devemos atribuir tão-só a responsabilidade as culturas vulgares nacionais, mas igualmente a imagem que empresas as responsáveis pelo turismo brasileiro divulgam internacionalmente.

A Bahiatur e sua pedante imagem associativa de "baianidade e lascividade" que o diga, estimuladora dos horrores da pedofilia e turismo sexual em nossa terra caymmiesca e amadiana. Com o resto do Brasil, a diferença não há de ser significativa.

Chris disse...

Bem, para mim tudo e sempre relativo... e como vc faloucada um define aquilo que e melhor e se encaixa na relacao...nao ha uma formula defina... hj sou uma amanha mudo algo, acrescenta-se algo...enfim... tudo depende de um passado historico, como vc reage a cada coisa que acontece em sua vida e qdo vc esta com o outro, a relacao toma um resultado da soma de vcs, se uma pessoa e subjetiva quem dira a uniao... esta pode melhorar a vida o que faz ser muito bom... ou pode ter incompatibilidades!
Vou te add tbm ok?! Ainda mais que adorei o clima e com frase de Nietzsche aqui!!

Bjuss

Maiswebs disse...

ai, essa eu perdi!! onde foi mesmo que ela falou, revista ou tv??? Pq é tão absurdo que é difícil acreditar q tem gente que pensa assim. Isso não foi pegadinha de algum site ou revista que dertupou as palavras dela????

MARCENIA disse...

Marta, não vejo a Seco como burrinha, mas uma pessoa, talvez desinformada.
Um bjo.

MARCENIA disse...

Saulo, com certeza! Mas, mesmo , assim, devemos respeitar o direito de serem o que quiserem Amélias, Camélias, cada um com seu cada qual. Embora, continuo a dizer, acho uma total limitação!

MARCENIA disse...

Bom, Marcele, infelizmente , não!
Agora, só nos resta ler e rir ( para não chorar)!

Um bjo!

MARCENIA disse...

Chis, obrigada pela visita, volte sempre!

Silier, é sempre bem-vinda a sua participação. O que me impressiona mesmo é a extrema facilidade que nós temos em sermos uns grandes mentirosos e, pior, de sermos experts em hipocrisia. Isso porque, temos o costume de culpar tão somente os estrangeiros que vêem fazer turismo sexual em nosso país. Temos no Brasil todo uma estrutura que vão desde hotéis, taxistas, policiais, postos de gasolina, fiscais, motéis que estão aí para todo mundo olhar, tão escancarado que virou coisa comum; enfim , somos nós que ainda perpetuamos a "cultura" prostituta do ataque sexual às empregadas domésticas; somos nós que protegemos os nossos filhos quando eles aprendem a também fazer os seus ataques e o fazem; somos nós, o país onde a gravidez na adolescência mais cresce no mundo; somos nós, o país onde as placas do proibido para menores de dezoito anos não quer dizer nada; somos nós que achamos que ter casos extraconjugais faz parte da cultura; somos nós, o país onde a freqüência de menores em motéis, bares, bordéis passou a ser natural. Alguns chamam de cultura.. eu chamaria devasidão.

Um abraço! Volte sempre.

Anônimo disse...

Por isso que citei a Déborah Secco como a atriz que mais detesto.. Sem comentários sobre os comentários dela. -.-

MARCENIA disse...

É mesmo Carol, bem lembrado!

Bjo.

S. B. disse...

Marcênia, agradeço a vênia.
Entretanto, reafirmo que é compreensível seu posicionamento passional acerca de fatos que, quando analisados acuidosamente, revelam-se mais complexos e menos evidentes que a priori.

Vê-se com frequência o discurso difundido, como realizado, do qual são todos os civis os participantes do que você meramente chama de "devasidão". Discurso esse por demais simplista e evidentemente descabido. Não "somos nós" que perpetuamos toda a cultura do que é ilegal ou ilegitimo, e conheço particularmente casos de indivíduos ativamente cidadãos e éticos em sua essência, e não são poucos. Muitos dos quais participam de orgãos sociais ou de credo que lutam sistemica e oficialmente contra tais práticas, sim, estimuladas pelas empresas privadas e sua doutrina liberalista de permissividades.

Não é questão de hipocrisia, mentira ou seja lá como queira chamar. Ademais, creio ingenuidade de todos os defensores ou, porque não dizer, dos incansáveis repetidores de um discurso falacioso que atribui imoralidade a todos os setores sociais, o que é avassaladoramente inverídico. Per summa, com tal discurso, isenta-se assim setores maiores dotados de evidente dolo.

Compreendo sua revolta. Entretanto, aconselho-a prudência e fundamentação no que dizes ao vasto público que, certamente, o detém.

MARCENIA disse...

Olá Silier! Obrigada pela sua participação, é sempre bem-vinda! Todos têm neste espaço a livre expressão do pensamento. Faço questão disto. Neste sentido, remeto-me ao seguinte pensamento de Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las." Por isso não se intimide em tecer seus comentários, mesmo que eu venha a discordar plenamente deles, defenderei até o fim o direito de dizê-los.
Agora, sejamos sensatos, dado o fato das "agências de turismo" contribuírem para arvorar os números estatísticos sobre a prostituição, não invalida os pontos "cegos", pelos menos por alguns, que são as desiguldades sociais que se intensificam pela falta de educação e má distribuição de renda da nossa amada terra brazilis que insiste em dormir em berço esplêndido e não acorda para tamanho flagelo social .
Atribuir a responsabilidade pelo turismo sexual, tão somente, a este ou aquele setor da sociedade ou à BAHIATUR, citada por você, é sem dúvida um discurso simplista e, portanto desconectado da nossa realidade. Acredito que todos nós( até mesmo aqueles que se auto- denominam "éticos")somos responsáveis, enquanto sociedade, pela situação vigente que abraça o nosso país. Não basta apontarmos este ou aquele como culpado. Devemos analisar toda uma problemática que deflagra uma sociedade ,cada vez mais, corruptível e corruptora.Se há aquele que corrompe é porque há, também, o que é corrompido. Não é verdade?
Para "apagarmos" esta nódoa indelével do tecido social brasileiro, é preciso que tenhamos a coragem e a sensibilidade de nos colocarmos,também, como co-autores desse quadro tão alarmante e vergonhoso. Não basta batermos o martelo e,assim, apontarmos culpados. É necessário que façamos o movimento de descontrução, ou seja, devemos rever valores , posicionamentos ideológicos ou partidários. Ao votarmos ou até mesmo quando nos omitimos de alguma forma,somos co-responsáveis direta ou indiretamente em alimentarmos as estatísticas que apontam o Brasil como o celeiro da prostituição.É claro que, a imagem que é vendida pelas empresas de turismo , aqui e além-mar, é a da mulata fogosa, detentora de ancas largas e bunda farta, com perdão da palavra, pois não encontrei algo melhor para ilustrar tão aviltante situação.
Verificamos que normalmente a prostituição é abastecida por adolescentes oriundas de famílias pobres que, muitas vezes, não têm o que vestir e nem o que comer. Saem pedindo algumas coisas e encontram pessoas que se aproveitam da desgraça alheia e começam a usufruir sexualmente dessas menores, dando presentes, dinheiro e prometendo de viagens a casamento. Isso é reflexo do que vive o país, ou seja, dessa precária situação social que leva garotas sem a menor perspectiva de vida a se prostituirem em troca de alguns dólares. Desta forma as desigualdades sociais, a falta de uma educação de qualidade, drogas, famílias desestruturadas,abusos sexuais , miséria, consumismo, servem de sustentáculo para que "empresas de turismo" sirvam como elo entre as adolescentes e os turistas europeus no alentado mercado da prostituição.
Temos, igualmente,a televisão que incentiva através de programas,filmes e novelas a uma precoce sexualidade entre os jovens. Mas, é claro que a televisão não é responsável por todas as mazelas existentes, porém por ser um veículo de comunicação de massa e formadora de opinião, deve ser extremamente responsável por tudo que apresenta.
Assim, caro Silier compreendo que a análise da prostituição deve estar centrada na compreensão descentrada e relacional do objeto, vinculada com sexualidade,classe, gênero, família, relações de produção (material e simbólica). Não apenas a este ou aquela esfera social. Mas, a todos os sujeitos sociais,“culturalmente lógicos”, sujeitos históricos, temporais.
A "civilização" e as suas
conseqüências: o urbanismo, a sociedade privada, o mercantilismo, a acumulação de
riquezas, o pauperismo, alteram o ritmo natural da vida e necessariamente o das
manifestações sexuais.
Portanto, há toda uma conjuntura social e histórica, que serve de esteio para que setores sociais como a BAHIATUR, citada por você , se insira no "Yes, nós temos bananas" ou melhor "Yes, nós temos sexo" . Assim, não é a BAHIATUR ou qualquer outro setor, mas também, todos nós, enquanto sociedade, que alimentamos de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente o mercado da prostituição. Por exemplo, quando elegemos, através do voto, pessoas despreparadas ou descompromissadas com o social, quando não cobramos de nossos eleitos o cumprimento de suas promessas eleitorais, quando "vendemos" nosso voto em troca de favores. Portanto, somos, todos nós, protagonistas de uma forma ou de outra deste teatro de aburdos que compõem o cenário da atual conjuntura brasileira. Identificar todos os elemetos que favorecem a formação desse panorama é de suma importância para entendermos tamanha problemática. As "empresas de turismo" são apenas a ponta desse "iceberg". Não é suficiente atacarmos somente um lado do problema. É preciso ter uma visão mais ampliada e multifacetada para empreendermos uma leitura mais crítica sobre a nossa realidade social.
Dentre as causas desta situação, as organizações nacionais e internacionais apontam:
Em primeiro lugar, a pobreza no Brasil. Cerca de 30 milhões de jovens vivem na faixa da pobreza absoluta, expostas ao risco constante da venda do corpo como última forma de sobrevivência;
Em segundo lugar, as estruturas sócio-econômicas desiguais e injustas. Nosso País ostenta o título de campeão mundial de concentração da renda, causa maior da exclusão e da miséria da imensa maioria do povo;
Em terceiro lugar, famílias desestruturadas e pais violentos. Cerca de 20 mil denúncias de maus tratos à criança são registradas anualmente no Brasil, das quais 2.700 são situações de abuso sexual; 62% dos abusos sexuais acontecem dentro da família, sendo as meninas as principais vítimas - 83% dos casos; pais e padrastos são os maiores agressores, respondendo por 50% das ocorrências.
Temos ainda: a falta de educação de qualidade, a discriminação por gênero, o comportamento sexual masculino irresponsável, o consumismo crescente, o tráfico de crianças, as redes organizadas de crime e corrupção, o uso de drogas e, acima de tudo, a impunidade e o desrespeito à legislação pela maioria das pessoas

Anônimo disse...

Penso que o principal é a desinformação reforçada por esteriótipos postos por diversas instituições, inclusive a mídia que os acentua pejorativamente ou simplesmente afirma o feminismo como uma coisa ruim e ultrapassada.
Quem nunca ouviu alguém dizer que não apoia o feminismo por achar que é o machismo ao contrário? Ou seja, as mulheres querem sobreposição e privilégios aos homens, querem mais direitos do que eles. Este argumento foi muito utilizado recentemente por pessoas contrárias a Lei Maria da Penha. Outra coisa muito comum é colocar personagens nas novelas e programas de mulheres com idéias feministas como “mal amadas” e “desiquilibradas”, isso sem contar nos seus finais quando elas encontram a felicidade nos braços de um homem que põe um certo cabresto nela.
A partir do momento em que você( homen ou mulhere) luta pela garantia e ampliação dos direitos civis e políticos das mulheres, podem não saber , mas são feministas.

Macenia, adorei seu blog!

Anônimo disse...

E aí,gata, teu blog é muito doido!Marcenha, adorei, parabéns pelos argumentos, logo, acima tão bem apresentados por você!Não tenho blog, mas procurarei visitar você sempre. Você, através do seu blog , nos instiga a ter um posicionamento mais questionador diante da nossa realidade. Gata, parabéns!

Eu ajudo a mudar!

Uma música, um instante, um convite...

Trilha Sonora da Semana Led Zeppilin