sábado, junho 14, 2008

Sociedadede de Consumo

A Revolução Industrial trouxe consigo o modelo econômico-social que tem em seu bojo a alienação do processo de produção. O trabalhador neste sistema transfere a sua força de trabalho, alienando-se de todo processo produtivo. Para Marx, significa dizer que o caráter exteriorizado do trabalho remete a não-apropriação dos bens de produção por parte do trabalhador, ou seja, essa relação é demonstrada por não ser o trabalho dele mesmo ,mas para outrem. O trabalhador fica submetido às forças estranhas a ele, ou seja, ele não é dono de todo o processo de produção. Não escolhe o salário – embora isso lhe pareça como resultado de um contrato livre. Mero engodo!


A alienação passa a ser percebida na vida social, também, do indivíduo com a formação da "sociedade de consumo". O comprar pelo comprar, pois esse consumo não depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas necessidades e em seus gostos, mas torna-se fruto de necessidades artificialmente estimuladas . Para mim, essa discussão vai muito além "Pro Dia Nascer Feliz", é muito mais que uma simples discussão sobre o consumo, mas consiste em mudança de mentalidade.


Á priori,não é necessário encontrar um culpado, mas entender de que maneira ocorre o processo de alienação, querer buscar suas raízes e compreendê-lo significa deixar de ser alienado. Já é um grande passo, na minha opinião, no entendimento desse processo.

O consumismo é o fortalecimento do individualismo.O individualismo se manifesta, por exemplo,quando as dimensões éticas e sociais assumem posições secundárias. Vislumbra-se o ter a todo custo e susto,nem que para isto, tenha que passar por cima de valores como integridade, solidariedade, responsabilidade social.O valor de alguém lhe é dado pelos bens ou títulos que possui, desprezando outros valores, como a ética ou seu comprometimento social.

O ter agiganta-se diante do ser. Você vale pelo que tem não pelo que é. Neste sentido, torna-se mais conveniente diante da pergunta Quem sou eu? , você responder seguindo a linha do ter, ou seja, quais os prêmios, títulos e bens que possui. As dimensões éticas, comportamentais e o comprometimento social, ao meu ver, sempre devem estar presentes nas mais diversas esferas sociais, seja pública ou privada e ,assim, poder contemplarmos uma sociedade mais justa e igualitária.

Somos reféns de nós mesmos, todas as vezes que nos rendemos a lógica circundante capitalista. Tornamos-nos coisas. A mercadoria adquire valor superior ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas, que vão definir relações materiais entre pessoas. Em conseqüência, a "humanização" da mercadoria leva a desumanizarão do homem, à sua coisificação.

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá,tudo bem?
Sempre bom visitar seu blog,você nos traz questionamentos que nos ajudam a pensar a nossa situação diante às incongruências desse sistema imperalista .

Um abraço e até breve!

Anônimo disse...

E o pior de tudo ,é quando compramos além de nossas possibilidades econômicas,nos endividando. Mas, quando temos como "bancar" esse consumismo,talvez,seja menos pior, mas nem por isto,menos alienado.

Anônimo disse...

Olá,tudo bem?
Marcênia,sempre acesso o seu blog,mas só agora ,resolvi me manifestar,quero voltar outras vezes! Parabéns!
Um grande abraço!

Anônimo disse...

Comprar,comprar... Nem sempre é a melhor terapia anti-stress,vale sim o equilíbrio!
Agora,como alcançar esse equilíbrio?

Eu ajudo a mudar!

Uma música, um instante, um convite...

Trilha Sonora da Semana Led Zeppilin