A Revolução Industrial trouxe consigo o modelo econômico-social que tem em seu bojo a alienação do processo de produção. O trabalhador neste sistema transfere a sua força de trabalho, alienando-se de todo processo produtivo. Para Marx, significa dizer que o caráter exteriorizado do trabalho remete a não-apropriação dos bens de produção por parte do trabalhador, ou seja, essa relação é demonstrada por não ser o trabalho dele mesmo ,mas para outrem. O trabalhador fica submetido às forças estranhas a ele, ou seja, ele não é dono de todo o processo de produção. Não escolhe o salário – embora isso lhe pareça como resultado de um contrato livre. Mero engodo!
A alienação passa a ser percebida na vida social, também, do indivíduo com a formação da "sociedade de consumo". O comprar pelo comprar, pois esse consumo não depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas necessidades e em seus gostos, mas torna-se fruto de necessidades artificialmente estimuladas . Para mim, essa discussão vai muito além "Pro Dia Nascer Feliz", é muito mais que uma simples discussão sobre o consumo, mas consiste em mudança de mentalidade.
Á priori,não é necessário encontrar um culpado, mas entender de que maneira ocorre o processo de alienação, querer buscar suas raízes e compreendê-lo significa deixar de ser alienado. Já é um grande passo, na minha opinião, no entendimento desse processo.
O consumismo é o fortalecimento do individualismo.O individualismo se manifesta, por exemplo,quando as dimensões éticas e sociais assumem posições secundárias. Vislumbra-se o ter a todo custo e susto,nem que para isto, tenha que passar por cima de valores como integridade, solidariedade, responsabilidade social.O valor de alguém lhe é dado pelos bens ou títulos que possui, desprezando outros valores, como a ética ou seu comprometimento social.
O ter agiganta-se diante do ser. Você vale pelo que tem não pelo que é. Neste sentido, torna-se mais conveniente diante da pergunta Quem sou eu? , você responder seguindo a linha do ter, ou seja, quais os prêmios, títulos e bens que possui. As dimensões éticas, comportamentais e o comprometimento social, ao meu ver, sempre devem estar presentes nas mais diversas esferas sociais, seja pública ou privada e ,assim, poder contemplarmos uma sociedade mais justa e igualitária.
Somos reféns de nós mesmos, todas as vezes que nos rendemos a lógica circundante capitalista. Tornamos-nos coisas. A mercadoria adquire valor superior ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas, que vão definir relações materiais entre pessoas. Em conseqüência, a "humanização" da mercadoria leva a desumanizarão do homem, à sua coisificação.
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4 comentários:
Olá,tudo bem?
Sempre bom visitar seu blog,você nos traz questionamentos que nos ajudam a pensar a nossa situação diante às incongruências desse sistema imperalista .
Um abraço e até breve!
E o pior de tudo ,é quando compramos além de nossas possibilidades econômicas,nos endividando. Mas, quando temos como "bancar" esse consumismo,talvez,seja menos pior, mas nem por isto,menos alienado.
Olá,tudo bem?
Marcênia,sempre acesso o seu blog,mas só agora ,resolvi me manifestar,quero voltar outras vezes! Parabéns!
Um grande abraço!
Comprar,comprar... Nem sempre é a melhor terapia anti-stress,vale sim o equilíbrio!
Agora,como alcançar esse equilíbrio?
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