"Não provoque: É cor-de-rosa choque! "

Já ouviram falar sobre a Lei Maria Penha ? Caso contrário, irei facilitar a vida de vocês: A Lei Maria Penha (nº 11.340), sancionada em agosto de 2006, trata-se de assegurar à mulher dignidade e respeito em favor das vítimas da violência doméstica.

Seu nome é uma homenagem à bioquímica Maria da Penha Maia, que ficou paraplégica , após algumas tentativas de homicído pelo próprio marido, o professor universitário Marco Antonio Herredia . A vítima tinha, na época, tinha 38 anos e três filhos por volta de 2 e 6 anos de idade. Hoje, é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV).

Não estou , aqui, para falar, exatamente, sobre esta Lei, mas para colocar em evidência, uma notícia veiculada pela Folha de São Paulo sobre um determinado juiz: Edilson Rodrigues ( Sete Lagoas - MG).
O juiz considerou inconstitucional a Lei Maria da Penha contra violência doméstica e, afirmou que o mundo é masculino.Segundo ele, homens que não quiserem ser envolvidos nas "armadilhas" dessa lei, que considera "absurda", terão de se manter "tolos".

Ele afirma ainda que :

"Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (...) O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!"


A jornalista Silvana de Freitas, da Folha de São Paulo, em matéria publicada, diz que em todos os casos de violência praticados, na sua comarca, o juiz negou a vigência da lei.

Que absurdo! Como vemos, há "pessoas" que, ainda, insistem em andar na contra-mão da justiça. Utilizando-se, para isto, de uma fundamentação religiosa de forma equivocada. Há, ainda, muito que lutar. O poeta já nos afirmava que há pedras no caminho: "No caminho há uma pedra" . E eu lhes afirmo: Há uma grande muralha ! A muralha do preconceito.


Saibam mais...

Globo.Com

Nota de esclarecimento do juiz