A minha vida acadêmica além de me proporcionar (parte) do conhecimento necessário na aplicação profissional , me oportunizou também o contato com os mais diversos segmentos artísticos. Na disciplina Música Popular , ministrada pelo professor Flávio, tivemos a possibilidade ( eu particularmente ) de entrar em contatato com estilos, vida e obra dos mais renomados nomes da música brasileira. Neste sentido , compositores e intérpretes como Chico Buarque , Luiz Gonzaga, Noel Rosa, Pixinguinha, Elis Regina nos serviam de banquete regado ao um delicioso vinho, nada em demasia, é claro! . Aliás , naquele espaço, isto é, a sala de aula , não éramos meramente alunos, mas um pouco de Chico, de Elis, de Pixinguina personificados em cada um de nós. Alimentávamos-nos de suas poesias e canções pelos poros e ouvidos!
Os mais diversos gêneros musicais como Bossa Nova, Samba , Chorinho, o pessoal da Tropicália , ou seja, a nata da música brasileira, fizeram parte do " repertório" dos estudantes inscritos nesta disciplina.
Chico Buarque escreveu quatro peças de teatro (Roda Viva, Calabar, Gota d'água e Ópera do malandro), uma novela (Fazenda modelo) , já na maturidade literária, três romances: Estorvo, Benjamim e Budapeste e inúmeras composições .
As composições são de uma riqueza impressionante, cheias de elementos históricos e sociais, e de um surrealismo impressionante, por exemplo, na música de nome "Geni e o Zepelin".
Li recentemente o livro de Chico, intitulado Benjamim, um tanto esdrúxulo. O livro é um tanto massante, cansativo logo de cara. O problema é que a quase-perfeição da música de Chico Buarque coloca o horizonte de exigência demasiado alto. Se fosse um livro de outro autor, talvez tivesse ficado com vontade de o seguir. Mas era um livro "de Chico Buarque".
Mas, resolvi dar este desconto, Chico é compositor , e um ótimo compositor diga-se de passagem.
A sua experiência como romancista, talvez não tenha sido das melhores, mas uma coisa é verdade, Chico é um dos maiores ou o maior compositor brasileiro.
Cantar ou ouvir Chico Buarque nos leva a um estado de êxtase, de contemplação, de um certo deslumbramento pelo humano, pelo demasiadamente humano!
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
Gálatas 6:7
quinta-feira, março 22, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Uma música, um instante, um convite...
Sites que costumo visitar:
- Ação educativa
- Chico Buarque de Holanda
- Confederação Brasileira de Fotografia
- Estante Virtual
- Google News
- Green Peace
- IBGE
- Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas
- Jornal Cazumbá
- Jornal Folha de São Paulo
- Machado de Assis
- Meio Ambiente
- Mulheres Negras de Umbigo para o Mundo
- Paulo Henrique Amorim
- Política de Ações Afirmativas
- Presidência da República
- Rede de Escritoras Brasileiras
- Revista do Terceiro Setor
- Revista Idiossincrasia
- Sétima Arte
- Síntese dos Indicadors Sociais Brasileiros
- TV Cultura
- Van Gogh
- Violência contra as Mulheres
- You Tube
2 comentários:
Seu blog a cada dia me impressiona mais, súas palavras enriquecedoras da mais sublime arte da oratória. Parabéns.
A surpresa só não é maior, porque você já tinha sinalizado que o livro não era bom.
Aos 17, Chico escreveu Pedro Pedreiro, mais tarde Geni e o Zepelin, Valsinha, Eu Te Amo e tantas outras canções inesquecíveis.
Fico realmente surpreso.
Quando ouvi Geni pela primeira vez, pensei, esse cara precisa escrever um livro.
Um beijo e obrigado pelos 13 anos de felicidade que completamos hoje.
Postar um comentário