

As dimensões identitárias e étnicas tornaram-se critérios de suma importância na estruturação do espaço público brasileiro. A notícia recente do conflito entre os índios da reserva Raposa Serra do Sol e os fazendeiros do estado de Roraima, veiculada pelos principais noticiários, sintetiza de forma breve, os problemas de milhares de indígenas que vêem suas fronteiras ameaçadas e suas terras cada vez mais exploradas pela extração clandestina da madeira , extração de metais preciosos, pelas queimadas de suas florestas para a criação de gado entre outros.
A suposta supremacia de uma elite branca européia em terras tupiniquins, resultou no aniquilamento de milhares de índios. E, hoje, as remanescentes nações indígenas são embaladas pelo grito livre de seus ancestrais, que encontram eco nas vozes de todos aqueles envolvidos com a causa indígena.
A perda de referenciais identitários, por parte dos índios, em função de uma cultura dominante e que, deslocados de sua terras vêem sua cultura diminuída e desrespeitada, resulta no enfrentamento pelo resgate de suas raízes culturais ou mesmo em razão a um sentimento de pertença em relação aos seus grupos de origem.
Ameaçados por uma elite branca e genocida, desta forma, elaboram estratégias de sobrevivência que marcam uma situação, extremamente, conflituosa. Assim, de certa forma, são obrigados a "invadirem" fazendas que estão no limite de suas fronteiras. Não faltam argumentos históricos que evidenciam uma sociedade que, apesar de mestiça renega suas origens étnicas e que se esconde por trás de pseudo-teorias raciais fechadas em si mesmas ou na sua própria ignorância e que, insistem em perdurar no imaginário social.
A questão indígena significa, portanto, as reivindicações das nações indígenas, que lutam para que sua especificidade e sua identidade sejam reconhecidas, sejam suas fronteiras demarcadas e seus direitos constitucionais garantidos.
Estamos em um verdadeiro caldeirão étnico- cultural que, em estado de ebulição, está preste a explodir, caso medidas sérias não sejam tomadas em favor dos direitos desse povo, que têm suas terras saqueadas e que, resistem, ao longo do tempo, à mutilação de suas crenças, costumes e cultura.
Saibam mais..
G1
Foto1: Roosewelt Pinheiro/ABr)/Os índios lutam para preservar
sua identidade cultural mesmo diante das adversidades atuais.
Foto2: Ricardo Azoury / Olhar Imagem
5 comentários:
É isso ai Marcênia,
É revoltante, poucos com muito e muitos sem nada!
Deixo aqui registrado meu luto pela morte da indiazinha.
Deixo aqui registrado minha revolta por tanta violência, precisamos gritar CHEGA!!!! e se fazer ouvir.
Hoje estava assistindo TV Senado, e estavam na pauta, liberação de 5% de vagas em concurso público para INDIOS...O que acham disso?
Abraços!
Olá,o texto traduz o que sinto em relação à questão indigena de nosso país. Naturalmente, é de revoltar tanto descaso em relação não apenas aos índios, mas à toda minoria excluída. Concordo, também , com a Marcele , quando a mesma diz que temos que dar um CHEGA. Recentemente , na novela Duas Caras, teve uma cena em que a personagem de Marília Peira gritava insandecidamente ao microfone a palavra CHEGA.Dizia ela: "-Chega de miséria, chega de impunidade, chega injustiça, chega de omissão, chega, chega, chega.... "
É isso aí CHEGAAAAAAAAAAAAAAAA...
hehehee....vi o episódio sim, mas foi mera coincidência, pois escrevi este texto antes do episódio, hehehheeh....mas ela demonstrou o que eu já queria fazer mas ainda não tive coragem!
[:(]
Existiam no Brasil cerca de 5 milhões de índios, hoje, soma-se apenas 240 mil e esses índios restantes ainda sofrem com a ação de garimpeiros .Os Yanomani vivem na Amazônia e Roraima e estão sob ameaça de desaparecimento.
paz do sr .
Venho por este meio perguntar se o Irmão/A esta entresado na troca de links .
Se tiver me diga que eu link .
Paz do sr.
Pedro Aurélio
Postar um comentário