"...Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval"
Máscara Negra
Composição: Zé Keti-Pereira Mattos
Máscaras Sociais: Qual é a sua?
É tempo de CarnavaL. Nesta época do ano percebe-se um verdadeiro rebuliço. Vale tudo. Ninguém é de ninguém. O melhor beijo, para muitos, não é o “francês”, é o roubado, ou seja, é aquele em que você está de bobeira e em uma fração de segundos "splash” roubam-lhe um beijo. É claro, você corre apenas o risco de contrair uma herpes ou uma sífilis, etc e tal ... Mas , isto é apenas um "pequeno" detalhe ...
Mas, vamos, então, ao que interessa!
Pois bem, nesta época do ano, a pacata dona de casa transforma-se na mais estonteante loura de Hollywood. Sabe, aquele seu colega introvertido, de óculos de fundo de garrafa que mora ao lado de você? Pois, é... torna-se o mais eloqüente Dom Juan, ou melhor, o "pegador" como dizem por aí. Os ânimos ficam mais exacerbados. Homens vestem-se com aquele modelito ultrapassado da irmã, da amiga ou até mesmo da namorada. A maquiagem fica por conta da criatividade. As pernas peludas denunciam a sexualidade masculina coberta pelos vestidos tresloucados de purpurina.
Tem Carmem Miranda, Rei Momo , Baianas ... Todos, neste dia, se permitem usar no social um pequeno fragmento do seu ser, daquilo que Jung usa como persona. As máscaras permitem usar no social um pequeno fragmento do ser.Usamos máscaras todos os dias . Sabe aquele sorriso amarelo, que eu ou você já mostrou algum dia no trabalho ou até mesmo para aquele vizinho pentelho? Rimos quando na verdade não sentimos nenhuma vontade de rir. Sabe aquele mesmo professor sisudo em sala de aula? Em uma roda de amigos é o "bad boy", é o "cara". As nossas facetas são inúmeras. O parecer agiganta-se e o ser atrofia-se. Na escola temos um determinado papel social, o do aluno aplicado, estudioso. Em casa, nos deflagramos em atitudes jamais praticadas em ambiente público.
Obviamente, não há possibilidade de uma sociedade saudável com um abismo tão grande entre o dizer e o fazer, entre o ser e parecer. Vejo no Carnaval um momento que, propicia a quebra desse simulacro. As pessoas se permitem serem o que são, assim, assumem identidades supostamente contrárias às suas pessoas.
Então, o que está esperando? Não se "avexe" não , é tempo de Carnaval.
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5 comentários:
É verdade, durante o Carnaval , parece que o bicho pega (risos).
As fantasias são inúmeras no Carnaval. Eu mesmo já me fantasiei de Carmem Miranda. Acredito, também ,nesta possibilidade de que no Carnaval rompemos com algumas amarras que nos aprisionam.Há também os sociopatas , os doentes sociais que promovem a violencia durante o Carnaval.
Beleza , mas será que entendi mesmo??
Deixe-me ver se eu entendi: As pessoas durante o Carnaval são mais propensas a assumirem sua verdeiras identidades. Pois, tudo é permitido. Vale tudo nessa época... É isso?
Não gosto de Carnaval
Texto cabeça...
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